História

Criado pelos professores Margareth C. Franklin (história), Luís Eduardo Oliveira (geografia e história),  Diego Lucas (português e literatura) e Luciano Andrade (português e literatura), o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros - NEAB, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Campus III) pretende conhecer e valorizar a cultura afro-brasileira, a história dos povos africanos e a contribuição dos negros para a formação econômica, social e cultural da nossa região. Também deseja conhecer e valorizar a literatura dos países africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe).

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PUBLICAÇÃO

Foi contemplado no Edital 07/2012, da Fapemig, em apoio a projetos de extensão em interface com a pesquisa, resultando no livro "Cutubas: clube de negros, território de bambas" sob coordenação da Profa. Dra. Margareth Cordeiro Franklim. O projeto foi financiado com recursos da FAPEMIG- Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas e foi parte dos trabalhos do NEAB, o Núcleo de Estudos Afrodescendentes do CEFET-MG, Campus III, Leopoldina.

Com o objetivo de desenvolver estudos, pesquisa e ação comunitária na área dos estudos afro-brasileiros e das ações afirmativas em favor das populações afrodescendentes, escolhemos o Clube dos Cutubas, o clube dos negros de Leopoldina, como patrimônio cultural de natureza imaterial a ser reconhecido e valorizado.

A história do Cutubas foi contada a partir dos testemunhos de velhos e velhas dirigentes, frequentadores/as, parceiros/as, mulheres e homens que viveram dias e noites de glória em inesquecíveis festas e outros carnavais. Também utilizamos documentos antigos do clube (as atas da diretoria) , fotografias, jornais e fontes diversas.

Duas leis importantes estão em vigência no Brasil. Uma delas é o Decreto 3.551, de 4 de agosto de 2000 que instituiu o registro e o inventário dos bens culturais de natureza imaterial ou intangível, incluindo festas, rituais, lugares, saberes e fazeres, orientando a política de preservação do patrimônio cultural a valorizar não apenas a memória das classes abastadas, mas também a dos despossuídos, conferindo-lhes visibilidade. A outra é a Lei 10.639/2003, que prevê a inclusão nas escolas do conteúdo programático a história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira. A partir do CEFET o projeto chegou à comunidade, contribuindo para valorizar a memória e a cultura negra, educando para o respeito à diversidade étnica e cultural, construindo identidades e cidadania.

Sabemos que a participação popular é decisiva para o sucesso das ações de preservação da memória e do patrimônio e que cabe ao Estado esclarecer, informar e dar transparência da sua atuação, estimulando os diversos segmentos sociais a participar desse processo. Pensamos que a escola é lugar privilegiado para que essas ações ocorram e sejam divulgadas. Acreditamos ter contribuído para isso.

Convite para o lançamento do livro "Cutubas: clubes de negros, território de Bambas" da Professora Margareth Cordeiro Franklim. CEFET (Departamento de Geografia e História). Disponível em: <http://dgh.cefetmg.br/noticias/2014/07/noticia0003.html>. Acesso em: 25 mar 2015.

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